Popularizado através da sua carreira em Hollywood, o actor austríaco Maximilian Schell faleceu no dia 1 de Fevereiro, em Innsbruck, na sequência de complicações motivadas por uma pneumonia — contava 83 anos.
Nascido em Viena, a sua família abandonou a Áustria, rumo à Suíça, depois dos nazis terem anexado o país. Foi um dos muitos talentos europeus que, durante ou depois da Segunda Guerra Mundial, veio a consolidar a respectiva carreira em Hollywood. Aliás, as suas origens e o facto de dominar a língua alemã trouxeram-lhe diversos papéis para filmes directa ou indirectamente relacionados com o conflito, incluindo os três que lhe deram nomeações para os Oscars: Julgamento em Nuremberga (Stanley Kramer, 1961), O Homem Das Duas Faces (Arthur Hiller, 1975) e Julia (Fred Zinnemann, 1977) — para melhor actor nos dois primeiros e melhor actor secundário no terceiro, tendo vencido com Julgamento em Nuremberga. Oscilando entre a produção europeia e americana, tanto em cinema como televisão, participou em mais de uma centena de títulos, incluindo Duas Plateias para a Morte (Sidney Lumet, 1966), A Grande Batalha (Sam Peckinpah, 1977) e Viver e Morrer em Little Odessa (James Gray, 1994). Os Irmãos Bloom (Rian Johnson, 2008) foi o último dos seus filmes a estrear no mercado português. Sobre a sua irmã, a actriz Maria Schell (1926-2005), realizou em 2002 o documentário My Sister Maria [trailer].
>>> Obituário no New York Times.