Quem em 2002 saísse de uma sala de cinema depois de ver Star Trek: Nemesis poderia ter uma visão de futuro na qual este universo se transformasse de vez numa memória do passado. Um dos mais fracos títulos da história de dez filmes Star Trek até então estreados no cinema, Nemesis alcançaria mesmo os mais baixos resultados de biheteira de todos e poucos então acreditaram que um novo “episódio”, pelo menos naqueles termos, pudesse acontecer (até mesmo na televisão a série Star Trek Enterprise não repetia entusiasmos de outros tempos). Mas as cartas voltaram à mesa. Surgiu a ideia de um renascimento (um reboot, como agora se diz). Chamaram J.J. Abrams (que até então já tinha realizado Missão Impossível III, mas era ainda sobretudo conhecido como o criador da série televisiva Lost - Perdidos) e desafiaram-no a viajar no tempo. Não apenas ao futuro em que vive o universo Star Trek. Mas também ao passado das personagens reveladas pela série televisiva dos anos 60, reencontrando-os no fulgor da juventude.
Estreado em 2009, Star Trek não só revelou ser um dos mais empolgantes títulos da saga no cinema como gerava resultados bem visíveis. O mundo criado por Gene Roddenberry para os episódios que surgiram inicialmente na televisão entre 1966 e 69 tinha nova vida. E mais vibrante que nunca. Agora, numa altura em que se sabe que o mesmo J.J. Abrams será o realizador do filme que reativará em 2015 a saga Star Wars, eis que chega Star Trek: Além da Escuridão, segundo título com o mesmo elenco de 2009, solidificando o renascimento de facto este franchise.
Tal como no filme de 2009, o novo Star Trek: Além da Escuridão respira os ritmos e as linguagens do cinema de aventuras e de ficção científica do nosso tempo, mas está ciente de um antigo legado (podemos mesmo chamar-lhe uma “mitologia”) que sustenta este universo e há muito define estas personagens (agora necessariamente entregues a novos atores). Estamos novamente num futuro em que James T. Kirk (agora na pele de Chris Pine) é um intrépido comandante de uma nave estelar, secundado pelo oficial Spock (Zachary Quinto) e toda uma tripulação com nomes que nos são familiares há mais de 40 anos (o argumento explora até as características e interrelações de cada uma destas figuras, frequentemente em momentos de verdadeiro comic relief para os admiradores de longa data na plateia).
O filme assinala a terceria vida de um vilão originalmente surgido em 1967 no episódio Space Seed e retomado (pelo mesmo ator, Ricardo Montalbán) no filme de 1982 Star Trek II: A Ira de Khan. Promovendo alguns jogos de espelhos (narrativamente falando) com este filme dos anos 80, o novo Star Trek encontra todavia no Khan agora interpretado por Benedict Cumberbatch, uma figura deveras mais ameaçadora que nas suas vidas anteriores. Respeitando a “história” da saga, o filme encontra em Khan uma figura geneticamente manipulada por gerações anteriores que busca vingança (e ao mesmo tempo a preservação de outros 72 homens e mulheres mantidos criogenicamente em suspensão). Sem afogar as imagens em efeitos especiais a todo o momento, lembrando que há gente naquelas personagens, J.J. Abrams volta a injetar vida em Star Trek e a fazer-nos acreditar naquele futuro.
Estreado em 2009, Star Trek não só revelou ser um dos mais empolgantes títulos da saga no cinema como gerava resultados bem visíveis. O mundo criado por Gene Roddenberry para os episódios que surgiram inicialmente na televisão entre 1966 e 69 tinha nova vida. E mais vibrante que nunca. Agora, numa altura em que se sabe que o mesmo J.J. Abrams será o realizador do filme que reativará em 2015 a saga Star Wars, eis que chega Star Trek: Além da Escuridão, segundo título com o mesmo elenco de 2009, solidificando o renascimento de facto este franchise.
Tal como no filme de 2009, o novo Star Trek: Além da Escuridão respira os ritmos e as linguagens do cinema de aventuras e de ficção científica do nosso tempo, mas está ciente de um antigo legado (podemos mesmo chamar-lhe uma “mitologia”) que sustenta este universo e há muito define estas personagens (agora necessariamente entregues a novos atores). Estamos novamente num futuro em que James T. Kirk (agora na pele de Chris Pine) é um intrépido comandante de uma nave estelar, secundado pelo oficial Spock (Zachary Quinto) e toda uma tripulação com nomes que nos são familiares há mais de 40 anos (o argumento explora até as características e interrelações de cada uma destas figuras, frequentemente em momentos de verdadeiro comic relief para os admiradores de longa data na plateia).
O filme assinala a terceria vida de um vilão originalmente surgido em 1967 no episódio Space Seed e retomado (pelo mesmo ator, Ricardo Montalbán) no filme de 1982 Star Trek II: A Ira de Khan. Promovendo alguns jogos de espelhos (narrativamente falando) com este filme dos anos 80, o novo Star Trek encontra todavia no Khan agora interpretado por Benedict Cumberbatch, uma figura deveras mais ameaçadora que nas suas vidas anteriores. Respeitando a “história” da saga, o filme encontra em Khan uma figura geneticamente manipulada por gerações anteriores que busca vingança (e ao mesmo tempo a preservação de outros 72 homens e mulheres mantidos criogenicamente em suspensão). Sem afogar as imagens em efeitos especiais a todo o momento, lembrando que há gente naquelas personagens, J.J. Abrams volta a injetar vida em Star Trek e a fazer-nos acreditar naquele futuro.