Então o melhor álbum do ano é o dos Mumford & Sons? A melhor gravação a de Gotye? E os Fun, além de serem a melhor revelação são também autores da melhor canção do ano? Pois quem acreditar em tamanhas ilusões pode continuar a ler a lista dos vencedores dos Grammys (atribuídos esta noite). O tédio continua, categoria atrás de categoria (e não são poucas...). Há ocasiões em que as escolhas fazem sentido, como quando se distinguem Adorn de Miguel como Melhor Canção R&B ou Orange, de Frank Ocean, como Melhor Álbum Urban Contenporain (lá como lhe chamam). Os Black Keys não envergonham ninguém, é sabido, e ganham em toda a linha nas categorias rock (terão ouvido bem o álbum a solo de Jack White, enfim...). E na clássica parecem justas as escolhas da nova gravação de Harmonielehre de John Adams, pela San Francisco Symphony (dir. Tilson Thomas) como Melhor Preformance Orquestral e a gravação da tetralogia do Anel, de Wagner, que o Met apresentou entre 2011 e 2012, com Levine a dirigir, como Melhor Gravação de Ópera.
De resto, é um deserto de acontecimentos para 81 categorias. E entre tantas já nem há a categoria das Polkas. Como é possível?
Pode ver aqui a lista completa dos vencedores.