Elliott Carter morreu ontem, aos 103 anos, em Nova Iorque. Estava longe de ser um homem entregue ao repouso e às memórias. De resto, entre os anos 90 e a década dos zeros conheceu uma das etapas mais criativas da sua carreira e desde que completara os cem anos, em 1908, chegou ainda a compor mais 14 obras.
Inicialmente motivado por nomes como Stravinsky ou Copland, acabou por seguir um caminho próprio desenhado por um desejo de expressar através da música a complexidade da vida moderna. Venceu por duas vezes o Pulitzer (em 1960 e 1973, em ambas as ocasiões com quartetos de cordas). Deu aulas, ensinando em escolas como o Peabody Conservatory, a Columbia University ou a Juilliard School of Music.
No dia em que completou os cem anos, o Carnegie Hall dedicou-lhe uma noite na qual se recordou a mesma obra que ali escutara em 1924 e Daniel Baremboim interpretou as suas Interventions for Piano and Orchestra escritas nesse mesmo ano.
Imagens das capas de discos com gravações de obras do compositor.