Ele próprio já confessou, e por várias vezes, que não é pessoa de muitas conversas e que, no seu estado natural, é mais um homem calado e tímido que alma dada a enfrentar os outros. Pelo que o "buraco no fundo do oceano" que poderia ser sugerido pelo título de Hole on The Ocean Floor, a canção que ontem ouvimos em Lisboa aos primeiros passos do concerto de Andrew Bird poderia perecer o destino natural do desejo de quem, com esta personalidade, se visse de repente perante uma Aula Magna praticamente cheia. Mas a verdade é que, em palco, Andrew Bird não procura refúgios nem pontos de fuga. Enfrenta a plateia e tem uma mão cheia de brilhantes canções e uma forma única de as juntar e apresentar. Finalmente em atuação com banda, a sua vinda a Portugal era uma das mais desejadas tanto pelo músico como pela plateia. E ao cabo de duas horas de concerto com aplauso em pé, a sala esvaziou com a sensação de ter assistido a , certamente, um dos melhores (senão mesmo o melhor) concerto deste ano.
Podem ler
aqui o resto do texto, no site do DN.