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Election Night, por Patrick Chappatte (THE CAGLE POST) |
Dizer que a América está dividida ao meio é algo mais do que uma constatação das sondagens pré-eleitorais. É também o resultado de uma clivagem primitiva — ideológica, simbólica, ética — que a corrida Obama/Romney iluminou e, num certo sentido, terá intensificado. Daí a ironia de Patrick Chappatte neste excelente cartoon que, sob a assinatura, inclui as suas "desculpas" a Hopper...
De facto, como na geometria noturna de um bar, há uma espécie de inércia etílica que se apossou do ambiente e respectivos figurantes. E que parece configurar uma maldição dos nosso tempos: as diferenças políticas tendem a cristalizar-se num dualismo asfixiante que, pelo menos mediaticamente (e, sem qualquer dúvida, televisivamente), produz uma incómoda rarefacção de discursos capazes de quebrar a regra dos 50/50. Dito de outro modo: algo da rede simbólica do nosso mundo global volta a estar em jogo nas eleições do Presidente dos EUA — no seu sentido mais profundo e, por certo, menos cómodo, reencontramos a expressão mítica: somos todos americanos.
De facto, como na geometria noturna de um bar, há uma espécie de inércia etílica que se apossou do ambiente e respectivos figurantes. E que parece configurar uma maldição dos nosso tempos: as diferenças políticas tendem a cristalizar-se num dualismo asfixiante que, pelo menos mediaticamente (e, sem qualquer dúvida, televisivamente), produz uma incómoda rarefacção de discursos capazes de quebrar a regra dos 50/50. Dito de outro modo: algo da rede simbólica do nosso mundo global volta a estar em jogo nas eleições do Presidente dos EUA — no seu sentido mais profundo e, por certo, menos cómodo, reencontramos a expressão mítica: somos todos americanos.
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| EDWARD HOPPER Nighthawks 1942 |