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“Frankenweenie Unleashed!”
Walt Disney Records / EMI Music
1 / 5
“Frankenweenie Unleashed!”
Walt Disney Records / EMI Music
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O filme, garanto-vos, é muito bom. É mesmo o melhor de Tim Burton nos últimos anos e tanto visual como narrativamente um dos mais próximos de referências centrais à sua formação pessoal. No departamento da música, e como sucedeu em tantos outros filmes – no que de reste define um dos mais sólidos e consequentes pares realizador / compositor da história do cinema – Tim Burton voltou a contar com a preciosa colaboração de Danny Elfman num score orquestral que evoca o lirismo algo assombrado que lembramos de um Eduardo Mãos de Tesoura. Mas a música de Frankenweenie não se esgota na recomendável partitura original de Danny Elfman. Tanto que ao disco com a música orquestral “convencional” se junta um outro álbum (editado separadamente) feito de canções que ora escutamos no filme ora por ele foram inspiradas. Com o título Frankenweenie Unleashed!, esta compilação abre com a deliciosa canção de Karen O que, com travo aos sessentas, escutamos mal arrancam os créditos finais... Por cá mora ainda a “cançãozinha” que a personagem da sobrinha do Mayor tem de cantar quer queira quer não no dia da festa da cidade (pela mesma Winona Ryder que dá, de resto, voz à pequena Elsa van Helsing. Mas depois, mesmo contando o alinhamento com uma presença (cenicamente alinhada com os tons assombrados do filme) de Robert Smith, dos The Cure, e uma colaboração (pouco ginasticada) dos Flaming Lips com Grace Potter, o alinhamento do álbum é de atroz banalidade que o filme não merecia. De uns Neon Trees em modo Strokes a um Marc Foster (dos Foster The People) a ensaiar terreno Of Montreal, passando por uma versão meio óbvia do clássico Pet Sematary dos Ramones via Plain White T’s, este álbum, um desfile pop/rock mascarado de coisa indie (ser convencer) é coisa dispensável que, de tão inerte, nem com um tratamento à la Victor Frankenstein se aguentaria...