O apelido de Brandon Cronenberg constitui uma herança de peso: como filmar assombrado pelo nome do pai? E não há dúvida que o seu primeiro filme — Antiviral — não renega tal herança, parecendo mesmo filiar-se num universo a que pertencem algumas das primeiras longas-metragens de David Cronenberg, nomeadamente Shivers/Os Parasitas da Morte (1975) e Rabid/Coma Profundo (1977).
Em qualquer caso, Antiviral (apresentado em Maio, em Cannes) é um fascinante objecto de cinema, tratando a obsessão social pela vida privada dos "famosos" como uma epidemia visceral que está a mudar a própria lógica das relações humanas, porventura destruindo o factor humano.
Ainda por anunciar no mercado português, Antiviral já tem um espantoso cartaz e também um magnífico trailer.