Com o navio a avançar pelas águas do oceano Atlântico, o dia a dia a bordo do Titanic fez-se das rotinas habituais a bordo. A imagem que hoje publicamos ilustra a histórica escadaria da primeira classe (que se tornou célebre após a correta reconstituição pelo filme de James Cameron). Este era um entre os vários territórios reservados aos passageiros mais abastados que tinham ainda ao seu dispor espaços como uma sala de escrita para senhoras, um salão de fumo para os homens, um ginásio, um restaurante à la carte ou um café. Os camarotes de primeira classe estavam divididos entre vários convés superiores.
Entre as evocações de filmes que retrataram o naugráfio do Titanic passamos hoje pela memória de Titanic, de 1953.
A primeira longa-metragem norte-americana sobre o Titanic surgiu quatro décadas após o naufrágio. Com 98 minutos de duração, Titanic, de Jean Negulesco, junta ao desenrolar dos acontecimentos que chegaram às páginas dos jornais um outro foco narrativo centrado na vida de um casal, que discutem sobre os seus filhos e um romance que nasce a bordo entre a sua filha e um estudante. O filme começa com imagens de um enorme pedaço de gelo soltando-se de um glaciar, como que a indicar o nascimento do iceberg que terá afundado o navio. Este é contudo um entre os inúmeros erros factuais que o filme apresenta, uma vez que o iceberg que terá colidido com o Titanic provinha de uma plataforma no árctico e não de um glaciar em terra...