LENNY (1974), de Bob Fosse
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Foi um dos grandes directores de fotografia do cinema americano das décadas de 1970/80: Bruce Surtees faleceu no dia 23 de Fevereiro, em Carmel, California — contava 74 anos.
Filho de Robert L. Surtees (1906-1985), fotógrafo de Ben-Hur (1959) três vezes "oscarizado", Bruce seguiu a profissão do pai, desde muito cedo trabalhando como operador de câmara em filmes de Clint Eastwood. Estreou-se como director de fotografia em 1971 num desses filmes, The Beguiled/Ritual de Guerra, dirigido por Don Siegel; no mesmo ano, fotografou o primeiro título realizado pelo próprio Eastwood: Play Misty for Me/Destinos nas Trevas. A partir daí, manteve uma longa ligação com Eastwood e a sua produtora Malpaso, assinando as imagens de títulos como Dirty Harry/A Fúria da Razão (Siegel, 1971), O Pistoleiro do Diabo (Eastwood, 1973) e O Rebelde do Kansas (Eastwood, 1976). Entre os seus trabalhos mais importantes incluem-se ainda: Lenny (1974), biografia de Lenny Bruce dirigida por Bob Fosse, em admiráveis imagens a preto e branco (valeu-lhe a sua única nomeação para o Oscar); Um Lance no Escuro (1975), thriller de Arthur Penn com Gene Hackman; O Atirador (1976), derradeiro papel de John Wayne, de novo com realização de Siegel; O Cão Branco (1982), vibrante ensaio de Samuel Fuller sobre um cão treinado para atacar pessoas de pele negra; e Negócio Arriscado (1983), de Paul Brickman, filme decisivo para o arranque da carreira de Tom Cruise.
>>> Obituário no New York Times.