quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Vendas de vinil continuam a crescer


Quando me dizem “a música já não vende” não consigo responder que sim nem que não. Porque nem tudo é sim ou não, claro. De facto, vendo os números globais de venda de música gravada, desde 1999 que a coisa vai pela ribanceira abaixo, sem sinais de mudança de sentido que se vislumbrem. Pirataria, dizem sistematicamente os editores. Em parte têm razão, mas do preço excessivo a que os discos são vendidos ao desinvestimento na criação de uma música que sobreviva aos 15 minutos de fama (então desde a febre dos concursos televisivos que criam ilusões de carreiras que, na esmagadora maioria dos casos, nunca existirão) surgem outros argumentos igualmente válidos que fazem com que o grito “é pirata” pareça mais coisa de sacudir para os outros responsabilidades que são também suas.

Mas nem tudo são curvas descendentes na indústria da música. Pelo contrário, de ano a ano as receitas dos concertos mostram sinais de que há quem pague bilhetes para ver música ao vivo. E se é verdade que os CDs vão saindo em cada vez menor número das prateleiras das discotecas, as vendas de downloads continuam a crescer e as de discos em vinil aumentam ainda mais de ano para ano. Vendo os números deste gráfico da Nielsen notamos uma evidente solidez do mercado de vinil. O que quer dizer que há quem goste de gastar dinheiro em música. Sobretudo se tem pela frente algo para comprar de que goste e que saiba que não é como a pastilha que se mastiga e deita fora.