terça-feira, janeiro 03, 2012

Tratado de sexologia

O horror jornalístico existe! E é preciso lidar com ele.
Acima de tudo, é preciso perguntar onde estão os autores de argumentos cobardes que, ciclicamente, gostam de investir contra quaisquer discursos que arrisquem na nobre e difícil arte de pensar, denunciando o facto de "ninguém" compreender tais discursos (por exemplo, a história da crítica de cinema em Portugal está cheia dessas derivações). Onde estão? E porque não dizem alguma coisa sobre estes discursos que "toda a gente" compreende?
É preciso, aliás, lembrar que o facto de um discurso ser compreendido por "toda a gente" não lhe confere nenhuma intocável autoridade moral nem diminui, bem pelo contrário, as suas responsabilidades humanas. Além do mais, a pertinência dos temas (eventualmente a sexualidade) não faz nem o interesse nem a qualidade do jornalismo.
Pensar a crise é também pensar isto.