Este mês pedimos a uma série de amigos que nos falassem do “seu” filme da Disney. Hoje recordamos Robin Hood, longa-metragem de 1973 que aqui é evocada por Luis Filipe Rodrigues, da revista Time Out. Um muito obrigado ao Luís pela colaboração.
Não, não foram as políticas draconianas de um certo governo de direita que me levaram a escrever sobre Robin Hood (1973), de Wolfgang Reitherman, uma das animações mais mal amadas da Disney. Podiam ter sido – e há uma parte de mim que não consegue deixar de pensar num dado Coelho quando vê aquele leão cobarde chuchar no dedo –, mas não. Decidi dedicar umas linhas a Robin Hood porque ainda eu não sabia ler e já tinha visto aquela cassete VHS dezenas de vezes. Ainda assim, já não punha os olhos em cima desta bicharada há uns bons 20 anos e queria obrigar-me a revê-los. Agora que me voltei a confrontar com o filme, percebo porque é que ele é tão mal amado. Falta-lhe o pathos dos grandes clássicos Disney e do ponto de vista técnico também se encontra muitos furos abaixo do habitual, fruto do seu baixo orçamento. Mas que se dane. Robin Hood pode estar longe de ser brilhante, e é claramente um filme menor da produtora, no entanto vai sempre ter um lugar especial no meu coração.