Continuando a revisitar as canções que marcaram 2011 hoje passamos por Gangsta, um dos singles extraídos do mais recente álbum dos tUnE-yArDs.
Em Abril, quando se apresentava o álbum WhoKill no Sound + Vision falava aqui de “Percussões intensas, guitarras que traduzem ecos de escolas libertadas pela revolução punk, uma voz com alma, ocasionais texturas mais elaboradas”. E é de facto entre esses “diálogos entre mundos” que vive a música que Merrill Garbus assina como tUnE-yArDs. Ali reconhecemos “uma certa urgência lo fi e uma busca por formas menos lineares, entre espaços da cultura ocidental e ecos de linguagens rítmicas escutadas mais além, entre a forma clássica da canção e uma angulosidade evidente que faz de cada tema um novo desafio”. Uma música “apoiada por palavras que sugerem uma consciência viva em cenário contemporâneo” que assim traduz “uma ideia de pop com ângulos intensos” e “instrumentação abrasiva”, criando “uma experiência intensa, sem filtro”, de que Gangsta é um bom exemplo.