sábado, novembro 19, 2011

No labirinto de Henry Threadgill

A edição nº 20 do Guimarães Jazz já teve, entre outros, Roy Haynes, Ralph Alessi e McCoy Tyner. Na sexta-feira à noite, foi a vez de Henry Threadgill com um dos vários projectos em que o seu trabalho se tem ramificado, de nome Zooid.
O saxofone e a flauta de Threadgill reúnem-se com uma troupe, no mínimo, inusitada: Christopher Hoffman (violoncelo), José Davila (trombone e tuba), Liberty Ellman (guitarra), Stomu Takeishi (contrabaixo) e Elliot Kavee (bateria). A estrutura labiríntica destes instrumentos que a tradição (não) juntou confere à sonoridade Zooid uma liberdade contagiante, paradoxalmente estruturada em sofisticados regimes de partilha e coexistência. Tudo se passa como se Threadgill fosse o mestre de cerimónias de um baile de máscaras em que todos se vão revelar na singularidade do seu som, deparando, enfim, com a possibilidade de uma partilha lúdica. A prova: um registo de Zooid no AxesJazzPower (Holanda), a 9 de Maio de 2010.


>>> Henry Threadgill e Zooid na NPR.