A sua imagem não faz parte da iconografia da fama em Hollywood, mas poucos a marcaram como ela: Sue Mengers foi uma das mais célebres agentes do cinema americano das décadas de 1960/70/80 – faleceu no dia 15 de Outubro, na sua casa em Beverly Hills, contava 79 anos.
Nascida na Alemanha, em Hamburgo, a sua família fugiu ao Holocausto, tendo-se fixado em Utica, Nova Iorque; quando o pai se suicidou, tinha Sue 11 anos, a sua mãe decidiu mudar-se para o Bronx. Tendo começado como recepcionista na MCA, em 1955, veio a ingressar na William Morris Agency onde representou, entre outros, Anthony Perkins. Primeiro na Creative Management Associates (CMA), depois na International Famous Agency (IFA), que viria a gerar a célebre International Creative Management (ICM), representou, entre muitos outros, Candice Bergen, Peter Bogdanovich, Michael Caine, Cher, Brian De Palma, Faye Dunaway, Bob Fosse, Gene Hackman, Sidney Lumet, Ali McGraw, Steve McQueen, Mike Nichols e Barbra Streisand (que foi madrinha do seu casamento com o realizador belga Jean-Claude Tramont). Na prática, foi uma força decisiva na dinâmica do "New Hollywood", com um novo papel negocial das estrelas e também um poder mais interventivo dos realizadores – o seu papel simbólico foi tanto maior quanto se soube impor num universo até então praticamente dominado por figuras masculinas.
>>> Obituário no Variety.
>>> Evocação de Graydon Carter, editor da Vanity Fair.