Numa altura em que tanto se fala dos Pink Floyd (afinal está em curso o lançamento de uma série de títulos que nascem de trabalhos de remasterização digital das gravações do grupo), nada como uma viagem no tempo para, em alguns dias, juntando canções e imagens, recordarmos aqui os primeiros tempos de vida de uma banda que, enquanto foi comandada por Syd Barrett, seguiu por caminhos em tudo diferentes dos que de si fariam, depois, um caso maior de popularidade mainstream nos anos 70. Determinantes na expressão londrina de uma cultura psicadélica entre 1966 e 67, os Pink Floyd foram, nessa etapa inicial de vida, uma banda ousada, ensaiando novas formas através de canções que, por um lado, experimentavam os novos temperos e devaneios que associamos a noções de alucinação ou mergulhos noutras dimensões sensoriais, por outro não deixavam longe uma genética formadora encontrada na música pop.
E começamos esta sequência de mergulhos na memória dos Pink Floyd com a evocação daquele que, em Março de 1967 foi o seu primeiro single. Produzido por Joe Boyd (sim, o mesmo que colaborou nos dois primeiros álbuns de Nick Drake), os Pink Floyd apresentavam-se ao som de Arnold Layne.