Mês Tintin / Spielberg (12): Mudanças em tempo de guerra

Tintin regressou ao Médio Oriente em O Caranguejo das Tenazes de Ouro, história originalmente publicada no Le Soir entre 1940 e 41, redesenhada e colorida para nova versão, em livro, em 1943. Esta é a primeira aventura de Tintin que nasce fora do Le Petit Vingtième, publicação que fecha após a ocupação alemã da Bélgica. Hergè cria então um suplemento semanal semelhante para o Le Soir, mas a falta de papel impede que dure muito tempo, pelo que as aventuras de Tintin passam a ser uma tira diária no jornal. Originalmente Hergé seguia uma história que, pelas conotações políticas ficou a meio (concluída mais tarde no álbum Tintin no País do Ouro Negro). Avança então por uma narrativa que coloca em cena um grupo de traficantes, que usam um navio para fazer circular a mercadoria, sem que o comandante o saiba. Ele não é senão o Capitão Haddock, que aqui entra pela primeira vez em cena. Este livro é um dos três álbuns visitados pelo argumento na nova adaptação ao cinema, por Steven Spielberg. E foi adaptado ao cinema numa versão stop-motion em 1947.

Para lá dos livros: 

O álbum O Templo do Sol assinalou a primeira tentativa de adaptação ao grande ecrã das aventuras de Tintin num registo de animação que decorre do que, então, fizera já sucesso numa série transmitida pela televisão. Com realizaçãoo de Eddie Lateste, Tintin et Le Temple du Soleil junta ao álbum homónimo elementos de As Sete Bolas de Cristal para completar o argumento. Além disso adiciona ainda aos livros algumas situações e uma nova personagem.