quarta-feira, outubro 12, 2011
Mês Tintin / Spielberg (11):
Numa terra que não existe
Hergé criou um país fictício para uma nova aventura de Tintin. Chamou-lhe Sildávia, colocou-a algures nos Balcãs, caracterizou-a como uma monarquia e fez da história uma narrativa centrada na tentativa de Tintin em travar um golpe lançado contra o seu rei. O Ceptro de Otokar surgiu originalmente nas páginas do Le Petit Vingtième entre 1938 e 1939, teve logo a seguir edição em livro e conheceu nova versão, colorida, em 1947. A presença de elementos que podem aludir a um clima de tensão que dominava a Europa nas vésperas da II Guerra Mundial não impediu todavia a publicação do livro, já durante a ocupação alemã do território belga (onde Hergé permaneceu). Neste livro surge pela primeira vez a personagem da cantora lírica Bianca Castafiore, assim como o Coronel Boris, um vilão que regressará mais tarde, nas aventuras que levariam Tintin à Lua.
Para lá dos livros:
Um segundo filme de acção real surgiu três anos depois da estreia em Tintin et le mystère de la Toison d'or teve. Com o título Tintin el les oranges bleues, foi realizado por Philippe Condroyer e voltou a contar com o actor Jean-Pierre Talbot na pele de Tintin. Tal como no filme de 1961, a história é original, pelo que não decorre da adaptação de nenhum álbum de BD.