Tinha completado 100 anos no dia 8 de Outubro de 2010: Paulette Dubost faleceu no dia 21 de Setembro, deixando uma filmografia imensa (cerca de 200 títulos) que lhe confere o estatuto de lenda do cinema e da cinefilia francesa.
Compôs quase sempre personagens secundárias, dessas que adquirem a dimensão de eventos principais, contaminando tudo e todos no interior de um filme. Trabalhou, entre outros, sob a direcção de Jacques Tourneur (Pour Être Aimé, 1933), Marcel L'Herbier (Le Bonheur, 1934), Marcel Carné (Hotel du Nord, 1938) e Max Ophüls (Le Plaisir e Lola Montès, respectivamente de 1952 e 1955). Já muito depois das convulsões da Nova Vaga, surgiu, por exemplo, em O Último Metro (1980), de François Truffaut, ou Os Malucos de Maio (1990), de Louis Malle.
Compôs quase sempre personagens secundárias, dessas que adquirem a dimensão de eventos principais, contaminando tudo e todos no interior de um filme. Trabalhou, entre outros, sob a direcção de Jacques Tourneur (Pour Être Aimé, 1933), Marcel L'Herbier (Le Bonheur, 1934), Marcel Carné (Hotel du Nord, 1938) e Max Ophüls (Le Plaisir e Lola Montès, respectivamente de 1952 e 1955). Já muito depois das convulsões da Nova Vaga, surgiu, por exemplo, em O Último Metro (1980), de François Truffaut, ou Os Malucos de Maio (1990), de Louis Malle.
Seja como for, é a sua participação em A Regra do Jogo (1939), de e com Jean Renoir, que lhe confere um lugar lendário na história do cinema. A sua genial Lisette é a criada que vai gerindo os caprichos dos senhores, num jogo de aceitação e ironia que celebra, afinal, o mais renoiriano dos valores: a irredutibilidade de cada ser humano – para Renoir, essa era, afinal, uma forma peculiar de razão no mar imenso das razões.