quinta-feira, setembro 22, 2011

Queer Lisboa: 15 anos / 15 filmes (8)


Dia 7 do Queer Lisboa 15. Antes dos destaques do dia, mais uma memória destes 15 primeiros anos de história do festival.

Um documentário em forma de ópera. Realizado por John Greyson, Fig Trees propõe um olhar crítico (e muito pessoal) sobre uma série de questões em volta do vírus VIH e de formas de activismo de quem luta contra a doença ou o estigma dos que com ela vivem. Desafiante e ousado, tanto nas formas empregues para apresentar o tema, como nos pontos de vista que propõe, Fig Trees é uma vídeo-ópera e tem por protagonista um esquilo que canta. No centro da narrativa corre um retrato de dois activistas: o sul-africano Zackie Achmat (o fundador da Treatment Action Campaign) e o canadiano Tim McCaskell (fundador da AIDS Action Now!. Como inspiração central corre Four Saints In Two Acts, ópera de 1934 de Gertrude Stein e Virgil Thompson. Esta não era contudo a primeira vez que Greyson abordava a temática do VIH (e da sida) através do recurso à música em cinema. Exibido na primeira edição do festival, Zero Patience é um musical que aborda precisamente o momento em estala a epidemia. Fig Trees ganhou o prémio de Melhor Documentário no Queer Lisboa 13, em 2009.

Podem ver aqui um excerto do filme.


Hoje o Queer Lisboa apresenta pelas 22.00, na sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, o documentário The Advocate of Fagdom, de Angelique Bosio, sobre a figura e a obra de Bruce LaBruce.

Podem ver a programação do dia aqui.