Depois da abertura, ontem, com a anteestreia nacional de Uivo (que estará no circuito de sala ainda este mês), o segundo dia da 15ª edição do Queer Lisboa assiste ao arranque das várias secções. Antes de um olhar pelo dia, mais uma memória...
Entre dois mundos, entre duas realidades, uma história de procura, encontro, mas também de morte (e do que deixa entre os que ficam). Primeira obra de Kit Hung,
Soundless Wind Chime vive, tal como o realizador, entre Honk Kong e a Suíça. A acção decorre em vários tempos, entre os dois pólos geográficos (a cor e o buliço de Hong Kong contrastando com os tons tranquilos e a placidez das paisagens de montanha nos Alpes). Duas figuras dividem entre si o protagonismo. Um suíço, que na Ásia procura nova vida. E um chinês, residente em Hong Kong (mas com a mãe em Pequim), que divide as horas do dia entre as horas em que entrega refeições de um restaurante. Os caminhos de ambos encontram-se. E mesmo que algo inesperado os separe, há ligações que não se rompem. E que impelem a um reencontro... Nem que por afinidade. Com uma espantosa direcção de fotografia (que vinca bem o contraste entre os dois mundos), uma narrativa que vamos compondo aos poucos e uma banda sonora feita de filigranas de electrónicas,
Soundless Wind Chime passou no Queer Lisboa 13, em 2009.
Podem ver aqui o trailer do
filme.
Hoje o Queer Lisboa 15 apresenta como sessão da noite o filme Ausente, do argentino Marco Berger (o mesmo de quem o festival apresentou Plan B como filme de encerramento do ano passado). Entre a programação do dia conta-se ainda a primeira das três sessões de telediscos comentados
Queer Pop, apresentada pelos dois autores deste blogue. Os telediscos a ver hoje propõem uma retrospectiva da obra de Kylie Minogue.
Podem ver a programação de hoje
aqui.
