1. No Festival de Toronto, na conferência de imprensa do seu filme W.E., Madonna falou do modo como encara a sua presença no mundo do cinema. Quando questionada sobre o labor dos críticos, fez questão em dizer que distingue uma crítica que avalia o filme de uma outra que se limita a avaliá-la, a ela, em termos pessoais e em função da sua vida privada. Como é fácil verificar, tais afirmações não foram objecto de manchetes muito visíveis. Em boa verdade: não fizeram manchetes.
2. Madonna faz parte daquelas personalidades que, na música, no cinema e outros domínios artísticos, baste que passem um sinal amarelo para, no segundo seguinte, serem transformadas em monstros mediáticos porque podiam ter passado um sinal vermelho... No entanto, quando essas mesmas personalidades reflectem sobre o funcionamento dominante dos media, instala-se um enorme e comprometedor silêncio – é um silêncio que decorre de formas muito peculiares de pusilanimidade jornalística e intelectual.
3. Vale a pena conhecer as palavras de Madonna. Foram registadas pelo Telegraph e não deixam de incluir uma canção... ou quase.