quarta-feira, setembro 21, 2011

Discos pe(r)didos:
Peter Astor, Submarine


Peter Astor 
"Submarine"
Creation Records
(1990)

Edita regularmente. De resto o seu mais recente álbum, de título Songbox, data de 2011. Mas na verdade, e apesar de ter ainda lançado alguns discos relevantes durante a década de 90, o grande disco do hoje (injustamente) esquecido Peter Astor é Submaribe. Editado em 1990 foi o seu primeiro álbum a solo e representou um dos melhores discos de canções comandadas pela presença das guitarras no panorama indie da época.
Peter Astor estava então longe de ser um iniciado. Tinha já carreira (e discografia editada) tanto a bordo dos The Loft como com os Weather Prophets, com os quais ajudara a definir caminhos para uma pop alternativa na Inglaterra dos oitentas. Em Submarine juntava o amadurecer de ideias colhidas nessa etapa com uma escrita ainda mais pessoal, mais simples e depurada. Não minimalista, mas ciente daquela máxima que defende que o pouco pode ser muito. O disco afirmou então Peter Astor como um dos grandes cantautores da alvorada dos noventas, as palavras pungentes (escute-se Walk Into The Wind) encontrando na sua música a moldura pefeita que, entre sublinhados e contrastes, sugere um coeso alinhamento de canções invulgarmente inspiradas.
O álbum gerou dois singles, o já referido Walk Into The Wind e Chevron (já em 1991) e foi na época uma importante peça na afirmação do catálogo da Creation Records. Teve sucessor em Zoo (1991), mas sem o impacte deste que foi o seu cartão de visita para uma discografia em nome próprio (salvo em França, onde o seu nome ganhou mais visibilidade que em qualquer outro território).