segunda-feira, agosto 08, 2011

Numa semana com macacos (1)


Chega esta semana às salas de cinema portuguesas o filme Rise Of The Planet Of The Apes, o sétimo filme nascido em volta de uma ideia originalmente registada por Pierre Boulle no livro O Planeta dos Macacos, de 1963. Este universo teve estreia no grande ecrã num filme rodado em 1968 por Franklin J. Schaffner, que contou com a força de uma estrela maior no elenco (Charlton Heston) e um cuidado particular na caracterização dos macacos.

A história começa a bordo de uma nave que, em missão pelo espaço profundo, prepara o regresso à Terra onde o tempo, ao contrário do que viveram a bordo, terá avançado uns 700 anos. Um incidente projecta-os não só mais adiante no calendário (até ao ano quatro mil e tal) mas também sobre a superfície de um planeta onde se despenha... Aí encontram uma população humana que vive aparentemente desumanizada, incapaz de falar e de dominar a tecnologia, subjugada por símios que tomaram as rédeas dos acontecimentos.

O filme coloca interessantes debates entre as intenções da ciência e da religião, e ainda sobre as verdades e os silêncios de quem detém o poder. E revela uma posição profundamente pessimista perante às acções da espécie humana.

O tempo fez do primeiro filme baseado n'O Planeta dos Macacos um clássico do cinema de ficção científica. E, mais de 40 anos depois, revela curiosas marcas de relação com o tempo em que surgiu. Uma delas sendo as imagens que vemos logo na sequência de abertura onde encontramos um astronauta, em pleno voo espacial... de cigarro nas mãos...



Imagens do trailer do filme Planet of The Apes, de 1968.