O Jornal de Notícias de hoje resume com muita clareza a herança dramática do Euro2004: "Estádios custam 55 mil euros/dia às Câmaras". Podemos ainda ler nos subtítulos:
> Herança do "Euro" ainda afoga orçamentos de Braga, Leiria, Aveiro, Coimbra, Faro e Loulé.
> Assistência só é boa no estádio do Braga. Em todos os outros, números mostram tragédia.
E porque pode ser mais difícil ler o pequeno antetítulo, transcrevo ainda:
> Loucuras cometidas com construção dos "Municipais".
A notícia não pergunta, mas pergunto eu: onde estão os militantes políticos e desportivos do Euro2004 (lembremos que não eram poucos, nem invisíveis, nem inaudíveis...) que nos garantiam um oceano de sucesso económico graças ao evento? De 2002/2003 para cá, que lhes aconteceu?
Hipótese a considerar: dedicaram-se todos à teoria futebolística, aplicando os patrióticos princípios de Luiz Felipe Scolari (entretanto, ouço um rumor menos dado a patriotismos recordando que perdemos a final com a Grécia... será verdade?).