Decididamente, o futuro do 3D tornou-se mesmo uma questão fulcral na actual dinâmica da indústria americana — e, por extensão, de todos os mercados. Ainda recentemente, Jeffrey Katzenberg reconhecia que o desenvolvimento do parque de exibição (em particular com a acelerada transformação técnica das salas de todo o mundo) não foi acompanhado do devido grau de exigência conceptual e artística nos próprios filmes.
Agora, vale a pena ler o artigo de Brent Lang no site 'The Wrap' avaliando aquilo que ele chama "a última esperança do 3D". Ou seja: os próximos filmes em três dimensões dirigidos por Steven Spielberg (As Aventuras de Tintin), Martin Scorsese (Hugo Cabret) e Michael Bay (Transformers 3) — todos com lançamento agendado para o ano corrente.
Do ponto de vista meramente financeiro, a situação surge exemplarmente condensada neste gráfico publicado por 'The Wrap'. Nele podemos observar o comportamento paradoxal (uma "espiral de descida") de alguns títulos estreados nos últimos meses nas salas dos EUA: ao crescimento regular do número de ecrãs 3D corresponde uma baixa, também regular, das receitas desses mesmos ecrãs.