Those Dancing Days
“Daydreams & Nightmares”
Wichita
2 / 5
Será da latitude? Da comida? Do ar que respiram? O certo é que da Suécia chegam com invulgar regularidade, propostas interessantes nos espaços da música pop e arredores. Pelo que não foi espanto para ninguém a revelação, em 2008, de mais uma potencialmente interessante força pop num grupo de amigas, conhecidas desde os dias da escola, que então resolveram ir para lá das fronteiras do subúrbio de Estocolmo em que cresceram. Apresentavam-se como Those Dancing Days e revelavam uma atitude pop luminosa, herdeira dos girl groups dos sessentas mas igualmente assente na exploração da força motriz que animou a new wave em finais dos setentas... Três anos depois um segundo álbum mostra uma banda que, sem procurar novos rumos ou outros patamares de expressão das suas marcas de identidade, tenta um alargar de horizontes nas formas (sobretudo na relação com os sintetizadores). Can’t Find Entrance, o single que serviu de aperitivo ao álbum, estabelece uma ponte directa com os ecos do primeiro disco, piscando ainda o olho a uma assimilação de teclas à la oitentas numa canção que mantém o fulgor indie pop de singles anteriores. O resto do álbum vai para lá deste modelo, é certo. Mesmo assim, ao cabo de 11 canções o alinhamento não deixa muito mais no ouvinte senão a experiência de ter escutado 11 canções... É pouco.