Subitamente, um filme capaz de olhar à sua volta (lembrando a máxima segundo a qual viver livre é olhar à sua volta...): com E o Tempo Passa, Alberto Seixas Santos confronta-nos com o nosso presente português, contornando os lugares-comuns sociais e geracionais. Que é como quem diz: evitando os efeitos telenovelescos.
Em todo o caso, ironia máxima: este é um filme sobre o universo de uma telenovela, percorrendo os bastidores de uma produção em que os clichés do trabalho se cruzam com as singularidades dos indivíduos, num jogo de coincidências e diferenças, ora dramáticas, ora inapelavelmente irónicas. Mais ainda: E o Tempo Passa [trailer em baixo] aposta em colocar em cena a geração mais jovem, todos os dias vilipendiada pela telenovela (e, de um modo geral, pelos valores televisivos dominantes), devolvendo-lhe a complexidade e as contradições que lhe dão vida. É um filme de imensa ternura e também de devastador desespero. Afinal de contas, nem sempre sabemos o que fazer, dizer ou filmar dessa condição sem equivalente de ser português.
Em todo o caso, ironia máxima: este é um filme sobre o universo de uma telenovela, percorrendo os bastidores de uma produção em que os clichés do trabalho se cruzam com as singularidades dos indivíduos, num jogo de coincidências e diferenças, ora dramáticas, ora inapelavelmente irónicas. Mais ainda: E o Tempo Passa [trailer em baixo] aposta em colocar em cena a geração mais jovem, todos os dias vilipendiada pela telenovela (e, de um modo geral, pelos valores televisivos dominantes), devolvendo-lhe a complexidade e as contradições que lhe dão vida. É um filme de imensa ternura e também de devastador desespero. Afinal de contas, nem sempre sabemos o que fazer, dizer ou filmar dessa condição sem equivalente de ser português.