GOTTFRIED HELNWEIN Marilyn Manson (2003) |
A existência das redes sociais desafia, como é óbvio, o próprio entendimento do social. De que falamos quando falamos de uma relação (social)? Ou ainda: até que ponto a proliferação de links gera uma comunidade (tensa, consciente das suas próprias diferenças internas), ou apenas um painel/rede de circuitos (bastando a cada membro relançar a "informação" que recebeu)? No coração de tais questões emerge, de novo, a inquietação fulcral do corpo: como pertencer a uma comunidade que, em última instância, dispensa a verdade física do meu corpo? Do teu corpo? É possível pensar — e, sobretudo, pensar em conjunto — quando a proliferação dos circuitos substitui a fraternidade das presenças?
E o que é, ou pode ser, a fraternidade num mundo virtual?
E o que é, ou pode ser, a fraternidade num mundo virtual?