Embora mantendo sempre um trabalho regular nos palcos, ficou como um dos símbolos do cinema britânico dos anos 60/70 — Susannah York (nome verdadeiro: Susannah Yoland Fletcher) faleceu, vítima de cancro, a 15 de Janeiro, seis dias depois de ter completado 72 anos.
Formada na Royal Academy of Dramatic Art, de Londres, começou na rádio e na televisão em 1959, tendo-se estreado no cinema ao lado de Alec Guinness, no drama de guerra Uma Vez... Um Herói/Tunes of Glory (1960), dirigido por Ronald Neame. Sem nunca ter tido a projecção de outras figuras da mesma geração (como, por exemplo, Julie Christie), distinguia-se no ecrã por uma presença instável, como se fosse portadora de uma sensualidade assombrada pelo medo de um castigo mais ou menos indefinível. Os seus filmes mais importantes reflectem e exponenciam essa ambiguidade. Entre eles: Freud - Além da Alma (1962), de John Huston, Tom Jones (1963), de Tony Richardson, Um Homem para a Eternidade (1966), de Fred Zinnemann, Os Cavalos Também se Abatem (1969), de Sydney Pollack, A Sombra do Duplo Amante (1972), de Robert Altman, e The Shout (1978), de Jerzy Skolimowski. O filme de Pollack valeu-lhe três nomeações como actriz secundária para os Oscars, os Globos de Ouro e os BAFTA (venceu este último). Um dos maiores sucessos da sua carreira foi Superman (1978), de Richard Donner, onde interpretava o papel de Lara, mãe do Super-Homem no planeta Krypton.
>>> Obituário na BBC.