O seu trabalho como pintor conferiu-lhe notoriedade internacional, transformando-o em símbolo de Moçambique e da cultura moçambicana: Malangatana Ngwenya faleceu no dia 5 de Janeiro, aos 74 anos, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
Nascido em 1936, em Matalana, uma aldeia do sul de Moçambique (então uma colónia portuguesa), Malangatana começou a expor a sua pintura em finais dos anos 50, na sequência da sua ligação ao Núcleo de Arte de Lourenço Marques (actual Maputo). Fez escultura, cerâmica, tapeçaria e gravura, dedicando-se ainda à poesia e à música. O seu universo figurativo viria a integrar muitas formas da tradição africana, ao mesmo tempo procurando registos de simbolismo universal. Depois da independência, por encomenda da Frelimo (em cujos quadros militava desde 1964), executou alguns murais públicos, envolvendo-se também na formação de diversas instituições culturais. Em 1997, a Unesco nomeou-o Artista pela Paz.
Sem título, 1961 |