quinta-feira, janeiro 27, 2011

Galeria Luhring Augustine: concreto & abstracto

BERNARD FRIZE
Fabia, 2007

É uma proposta da Luhring Augustine, Nova Iorque, que podemos avaliar através de algumas imagens reproduzidas no site da galeria.
Antes do mais, trata-se de organizar uma antologia de experiências abstractas, assinadas por artistas americanos e europeus — Tauba Auerbach, Bernard Frize [em cima], Wade Guyton, Albert Oehlen, Josh Smith, Daan van Golden, Charline von Heyl, Christopher Wool e Heimo Zobernig.
Em paralelo, é dado a ver um filme de Larry Clark — Tulsa (1968), 64 minutos, mudo —, recentemente encontrado pelo artista, registando os tempos cujas experiências e imagens conduziriam ao livro Tulsa (1971), referência já clássica na história da fotografia americana do século XX [fotograma em baixo].
Dir-se-ia que pressentimos o enigma perene dos olhares, confrontados com a pergunta fundadora: o que é que vemos numa imagem? Ou ainda: como é que a abstracção se concretiza na nossa visão? Ou ainda de outro modo: como é que o efeito de real instala algum desejo de abstracção?

LARRY CLARK
Tulsa, 1968