Iniciamos hoje a publicação de uma entrevista com Ben Goldwasser dos MGMT, que serviu de base ao texto ‘O desafio de encontrar quem resista às modas’, publicado na ediçãoo de 18 de Dezembro do DN Gente.
Muitos ficaram surpreendidos com o que revelaram em Congratulations, o vosso segundo álbum... Acha que as pessoas esperam que as bandas se repitam?
É verdade, e isso acontece mesmo muitas vezes. Por vezes as bandas até aproveitam para capitalizar um pouco com um segundo álbum parecido com o anterior, mas as pessoas eventualmente podem depois fartar-se disso... Porque então parece que uma banda não tem nada mais para dizer e as pessoas seguem depois em busca de outra...
Houve quem descrevesse o vosso segundo disco como suicídio comercial...
Não estamos a tentar ser comerciais. Para mim o suicido comercial acontece mais quando uma banda se preocupa em ser comercial e então faz algo que possa sabotar a sua carreira. Nós estamos a tentar estabelecer uma carreira tentando fazer algo diferente a cada disco.
O sucesso de temas como Kids e Time to Pretend apanhou-vos de surpresa?
Não esperávamos de todo. E ainda hoje estamos espantados por toda a atenção que recebemos... Deu-nos um público e estamos felizes por isso. Houve quem dissesse que estávamos a tentar alienar esse público com este novo álbum, que estávamos a tentar livrar-nos dos fãs do momento... Não concordo nada com essa visão. Tentamos ligar-nos a mais pessoas de uma forma que faça sentido. Talvez muitos dos que ouviram o nosso primeiro álbum e nele só gostaram de Kids e Time To Pretend possam entrar nas novas canções. Queremos mantê-los e mostrar-lhes algo novo. Não estamos a tentar perder fãs...
(continua)