A propósito do lançamento de O Mágico, de Sylvain Chomet, recebemos um mail de um visitante lamentando a simples dificuldade de... ver o filme. Transcrevemos algumas das suas palavras:
Já o filme Belleville Rendez-Vous me tinha impressionado e mostrado que era possível fazer cinema de animação para lá do género americano, tanto na forma de concepção como na própria história. Mas a realidade é que para eu poder ver este novo filme, sendo eu de Coimbra, terei de me deslocar a Lisboa ou ao Porto. Mesmo na cidade do Porto, o único local disponível para se poder assistir ao filme é.....em Gaia, nos cinemas UCI do Arrábida Shopping. Dá vontade de perguntar, "se os filmes não vão poder ser vistos pela maioria das pessoas, para quê fazer-lhes publicidade?".
João Cerca
A pergunta é tanto mais pertinente quanto sabemos que não se trata de um caso isolado. Dito de outro modo: cada vez mais, os agentes do mercado cinematográfico podem (e, creio, devem) reflectir sobre o que significa, realmente, lançar um filme — que público procuram e, sobretudo, que investimentos (financeiros e estratégicos) estão dispostos a fazer para encontrar esse público?