Autor do célebre El Verdugo (1963), Luis García Berlanga faleceu no dia 13 de Novembro, em Madrid, contava 89 anos. Juntamente com Juan Antonio Bardem (1922-2002), foi um dos autores fundamentais na renovação do cinema espanhol pós-Segunda Guerra Mundial. Cruzando um apurado sentido dramático com um humor cruel, por vezes à beira do sarcasmo, Berlanga constitui uma das referências lendárias da história do cinema em Espanha, a ponto de se poder dizer que as tensões da identidade espanhola constituem o cerne do seu labor. Patrimonio Nacional (1981), centrado numa família empenhada em manter as aparências aristocráticas, é o título mais famoso da sua filmografia: uma comédia de costumes que se transfigura em saborosa parábola nacional. No ano de lançamento desse filme, Berlanga foi distinguido com o Prémio Nacional de Cinematografia. Em 1994, Todos a la Cárcel, valeu-lhe o Goya de melhor realização. O seu derradeiro trabalho, Paris-Tombuctu, surgiu em 1999.
>>> Obituário no El País.