Nome lendário do teatro português, filha de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, Mariana Rey Monteiro faleceu, de causas naturais, no dia 20 de Outubro — contava 87 anos.
Desde a estreia no Teatro D. Maria II (em 1946, na Antígona, de Sófocles) até aos sucessos em peças de Shakespeare, Molière, Bernard Shaw, Ibsen ou Ionesco, a imagem que dela fica é a de uma grande senhora do teatro, mesmo não esquecendo a sua participação em algumas produções cinematográficas (por exemplo: Um Dia de Vida, de Augusto Fraga, em 1962), ou ainda, no derradeiro capítulo da sua carreira, em várias telenovelas (Chuva na Areia, Origens, etc.). Foi, afinal, um símbolo modelar de um tempo pré-televisivo da vida dos actores, porventura menos abrangente, mas de densidade dramática incomparavelmente mais rica.