Aos 21 minutos do jogo Benfica-Hapoel, a equipa da casa marcou o primeiro golo da sua vitória (2-0). Poucos minutos antes, portanto ainda com o resultado em branco, o jogador Zahavi tinha sido derrubado na grande área benfiquista por Luisão. Como se pôde observar pelas imagens televisivas, era uma inequívoca grande penalidade — o árbitro enganou-se e não marcou.
Esperei encontrar infinitas dissertações sobre o ocorrido, nomeadamente nos jornais desportivos. Digamos que o senhor Aleksei Nikolaev, o russo que arbitrou a partida, tem sorte. Se fosse ao contrário, era bem provável que o país estivesse hoje a viver uma tragédia mediática mais grave do que qualquer crise governamental. Mas não: o árbitro enganou-se... É tudo.
E, realmente, é tudo. Mas o episódio diz bem da miséria especulativa que passou a envolver o futebol. Mais concretamente: expõe a visão parcelar e parcial com que, muitas vezes, são tratados os jogos dos chamados "grandes" (escusado será dizer que o Benfica não passa, aqui, de um exemplo circunstancial).
Esperei encontrar infinitas dissertações sobre o ocorrido, nomeadamente nos jornais desportivos. Digamos que o senhor Aleksei Nikolaev, o russo que arbitrou a partida, tem sorte. Se fosse ao contrário, era bem provável que o país estivesse hoje a viver uma tragédia mediática mais grave do que qualquer crise governamental. Mas não: o árbitro enganou-se... É tudo.
E, realmente, é tudo. Mas o episódio diz bem da miséria especulativa que passou a envolver o futebol. Mais concretamente: expõe a visão parcelar e parcial com que, muitas vezes, são tratados os jogos dos chamados "grandes" (escusado será dizer que o Benfica não passa, aqui, de um exemplo circunstancial).
Afinal de contas, segundo esta (falta de) lógica, errar não é humano. Sobretudo no caso dos árbitros de futebol: se erram contra um dos "grandes", a catástrofe é tal que, um dia destes, alguém vai defender uma revisão constitucional para lidar com a situação; se erram contra os "pequenos"... passa-se à frente. Ou ainda: de que falamos quando (não) falamos do Hapoel? Da felicidade?