segunda-feira, agosto 23, 2010

Para evocar River Phoenix


Fosse vivo River Phoenix completaria hoje 40 anos. Desapareceu cedo demais, apenas aos 23 anos, mesmo assim tendo chegado a filmar com nomes como Steven Spielberg, Lawrence Kasdan, Sidney Lumet ou Gus Van Sant. Com este último rodou em 1992 A Caminho de Idaho, um dos dois filmes de referência de uma curta obra (que se recorda hoje porque era considerado um dos mais promissores actores da sua geração). Acrescente-se que o outro filme de que se fala aqui é Fuga Sem Fim (1988), de Lumet, que lhe valeu uma nomeação para um Oscar de Melhor Actor Secundário. De resto, sublinhe-se que nas suas opções profissionais encontramos desde muito cedo uma vontade em sublinhar o peso mais profundo do sentido da palavra “actor”. Não se devendo esquecer contudo que, e segundo o confirmaram familiares e amigos, a música era a sua grande paixão (tendo chegado a ver editadas, em compilações, algumas canções da sua banda, os Aleka’s Attic).

Filho de uma família de “hippies” (como o próprio chegou a descrever) tinha um nome invulgar. River não é senão uma referência ao rio da vida que lemos no Siddharta de Herman Hesse. Na verdade o seu nome era River Jude Bottom (o “Jude” não sendo senão uma referência ao Hey Jude dos Beatles), o sobrenome Phoenix tendo surgido quando, tinha ele nove anos, a família regressou de uma etapa vivida na América do Sul.

Esta semana evocamos alguns momentos da obra de River Phoenix. E começamos precisamente por um dos filmes que, tendo adquirido um estatuto de culto, é dos títulos que mais vezes hoje o recorda. Estreado em 1992, A Caminho De Idaho é uma das obras maiores da filmografia de Gus Van Sant. Sobre o filme o actor disse em 1992 à Sky Magazine que “todos os dias da minha vida desde que acabei A Caminho de Idaho, a dada altura do dia, reparo que a conversa de alguma forma acaba por regressar a esse filme porque foi mesmo uma grande experiência”.


Imagens do trailer de A Caminho de Idaho