Em qualquer dos diários desportivos de hoje [primeiras páginas], a notícia da suspensão de Carlos Queiroz por seis meses é um título francamente secundário — isto numa altura em que se avaliam as consequências práticas dessa suspensão [Público], admitindo-se mesmo que o despedimento por justa causa de Queiroz seja apenas uma questão de tempo [Diário de Notícias].
Eis um sintoma claro do imaginário desportivo (?) em que vivemos, aliás, em que nos obrigam a viver. O mais anedótico incidente das equipas de futebol pode ser transformado em drama nacional (entenda-se: de equipas como Benfica, Porto ou Sporting, já que os "pequenos" são escorraçados para a condição de não-notícia). Mas o verdadeiro drama desportivo que se aproxima — quatro jogos da selecção nacional com um seleccionador suspenso — não merece especial evidência. Entretanto, celebremos a nossa vocação para organizarmos o Mundial...
Eis um sintoma claro do imaginário desportivo (?) em que vivemos, aliás, em que nos obrigam a viver. O mais anedótico incidente das equipas de futebol pode ser transformado em drama nacional (entenda-se: de equipas como Benfica, Porto ou Sporting, já que os "pequenos" são escorraçados para a condição de não-notícia). Mas o verdadeiro drama desportivo que se aproxima — quatro jogos da selecção nacional com um seleccionador suspenso — não merece especial evidência. Entretanto, celebremos a nossa vocação para organizarmos o Mundial...