sexta-feira, julho 09, 2010
Reedições:
Frankie Goes To Hollywood,
Welcome To The Pleasuredome
Frankie Goes To Hollywood
“Welcome To The Pleasuredome”
ZTT Records – Salvo
4 / 5
Há bandas e músicos que ficam na história da música pop com apenas uma canção. Mas também há quem tenha conquistado o seu lugar pela força de um álbum. É verdade que editaram um segundo longa duração em 1986, do qual surgiram três singles, dois deles ainda com considerável visibilidade. Mas é pelos feitos de Welcome To The Pleasuredome que hoje recordamos os Frankie Goes To Hollywood. Nascidos na Liverpool de inícios de 80, foram (juntamente com os Art Of Noise) um nome central no lançamento da ZTT Records, a editora que deu voz (e som) a uma visão pop concebida por Trevor Horn (uma das metades dos Buggles). Em 1983 Relax revelava o grupo, juntando uma dinâmica hi-nrg a uma moldura pop grandiosa (gerando ao mesmo tempo um “caso” mediático que virou o feitiço contra o feiticeiro, chamando ainda mais atenções para a canção). Seguiram-se Two Tribes, uma sinfonia pop em tempo de terror nuclear. E, meses depois, The Power Of Love, uma balada eloquente com acompanhamento orquestral… E com três poderosos cartões de visita, o álbum Welcome To The Pleasuredome revelava em finais de 1984 a confirmação das expectativas entretanto lançadas. Hedonismo e sarcasmo ao serviço de um encontro entre a vitalidade de heranças rock’n’roll, o apelo melodista da pop, a dinâmica da música de dança e, last but not least, a meticulosa produção com assinatura Trevor Horn (mais o complemento agit prop assinado por Paul Morley cujos textos e slogans são ainda parte marcante nesta aventura). Em 26 anos o álbum já conheceu edições e reedições. Mais uma chagou a assinalar o 25º aniversário do lançamento, agora finalmente distribuída entre nós. Em formato de CD duplo apresenta num disco o alinhamento original e num segundo uma série de complementos entre lados B, remisturas e maquetes nunca antes editadas, juntando ainda um inédito (Watusi Love Juicy)… Na verdade havia, entre o baú Frankie complementos mais interessantes, nomeadamente remisturas originalmente lançadas nos máxis originais… Os extras não acrescentam assim muito à história que se recorda (salvo o inédito, bem interessante até)… Daí as 4 e não as 5 estrelas que, sem extras, o disco mereceria…