terça-feira, maio 11, 2010

Noves fora... e era mesmo nada

Tudo começou com uma curta-metragem de animação digital assinada por Shane Acker. Também com o título 9, mostrava a história de um boneco de trapo, o último da sua espécie, num mundo onde a vida deixou de existir… Tim Burton viu a curta. Gostou. E agora surge como um dos produtores do filme leva a outro patamar essa mesma visão.

Estamos assim, novamente, num mundo pós-apocalíptico. O que antes era uma cidade não passa de pilhas de escombros, o verde e o azul tendo desaparecido do horizonte. Aparentada aos cenários sombrios que já conheceram outras visões no cinema, de O Extreminador Implacável a Matrix, a narrativa vai-nos revelar que o panorama desolador que encontramos por cenário não é mais que a consequência de uma guerra entre o homem e a máquina, reavivando-se assim um velho medo pelas eventuais consequências da criação, pelo homem, de uma inteligência artificial.

O “nove” a quem o título alude é um boneco de pano… Animado, inteligente e com voz, é a última de nove criações do mesmo cientista que criara as máquinas inteligentes que entretanto, na boa tradição Frankenstein, se haviam voltado contra os criadores. Nove acorda e dá por si num mundo moribundo. Aos poucos descobre os outros dos “seus”, chefiados por “1”, um ancião que resolve os males, procurando esconderijos… 9 prefere agir a esconder-se e depois de acidentalmente despertar um assustador monstro mecânico, sabe que tem de o combater.

Com vozes como as de Elijah Wood (9), Jennifer Conolly (7), Martin Landau (2) ou Christopher Plummer (1), o filme tem nos bonecos protagonistas e na espantosa criação de ambientes sombrios e cenários aterradores os argumentos fundamentais para assim fazer a diferença numa história que, na essência, não acrescenta muito mais a anteriores ficções em clima pós-apocalíptico.



Imagens do trailer de 9.