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Os Oscars continuam a funcionar como uma celebração da indústria e, em particular, da marca de Hollywood como referência central no imaginário cinematográfico. E são também pretexto para muitas e variadas estatísticas (mesmo se não faz sentido substituir o pensamento cinéfilo por qualquer contabilidade mais ou menos “objectiva”).
Assim, vem a propósito lembrar que temos, pelo menos, uma certeza: o recorde de estatuetas para um filme não vai ser superado. Isto porque os mais nomeados, Avatar e Estado de Guerra, concorrem para nove e oito categorias, respectivamente, e esse recorde está em nada mais nada menos que onze prémios, proeza conseguida por três filmes: Ben-Hur (1959), Titanic (1997) e O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei (2003). Além disso, também nenhum filme está em condições de ganhar o chamado “quinteto mágico”: filme, realizador, actor, actriz e argumento. Também apenas três o conseguiram: Uma Noite Aconteceu (1939), de Frank Capra, Voando Sobre um Ninho de Cucos (1975), de Milos Forman, e O Silêncio dos Inocentes (1991), de Jonathan Demme.