
Foi o programa número 50 proposto pela Berliner Philarmoniker na temporada 2009/2010. Uma noite com a Orquestra Filarmómica de Berlim, dirigida por Simon Rattle, com a pianista Mitsuko Uchida como convidada principal. E com eles obras de Ligeti, Beethoven e Sibelius. O local, os intervenientes e a música com tudo para fazer deste um dos grandes momentos do ano. Mais ainda com o extra de representar a minha estreia na sala. Assim foi na noite de quinta-feira. Memorável.
Comecemos pelo espaço. Desenhado em finais dos anos 50, por Hans Scharoun para albergar uma orquestra que desde os bombardeamentos de 1944 não tinha casa própria, o edifício central do complexo a que os berlinenses hoje chamam Phliarmonie foi inaugurado em 1963, erigido num extremo sul do Tiergarten e próximo da então desolada zona de Potsdamer Platz (que hoje, renovada, não só é o núcleo arquitectónico mais entusiasmante de Berlim como serve de sede para a Berlinale). Dominado por um amarelo dourado no exterior, desenhado por formas que imediatamente destacam o edifício do espaço em volta, esta é uma verdadeira catedral da música.
O foyer amplo acolhe vários bares, um restaurante e uma loja de discos (com títulos que passam pelas várias etapas da história da orquestra). Pelos dois pisos de foyer correm longos bengaleiros, de acesso fácil (e rápido). Uma hora antes do concerto, pelos monitores espalhados pelo foyer escutava-se uma apresentação do que se ia escutar. A sala principal não só é um prodígio de arquitectura, como revela uma acústica absolutamente impressionante.
Podem fazer uma visita virtual ao foyer e à sala aqui.
