Foi uma magnífica trilogia de concertos que, de uma maneira ou de outra, irá ficar como uma referência incontornável nas memórias musicais de 2010: a Orquestra de Câmara da Europa passou pelo Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, deixando a marca de uma excelência nada académica, antes empenhada em encontrar sonoridades capazes de reconfigurar, para o nosso presente, as obras escolhidas.
Nos primeiros dois dias, o pianista húngaro András Schiff foi a figura central. E, através dele, um especial reencontro com Johannes Brahms. Assim, no dia 10, o Trio para Violino, Trompa e Piano, op. 40, de Brahms, constituiu a peça central de uma revisitação da música de câmara do século XIX que incluiu ainda Felix Mendelssohn-Bartholdy (Sexteto com Piano, op. 110) e Robert Schumann (Quinteto com Piano, op. 44, e Três Romances para Oboé e Piano, op. 94); no dia 13, Schiff assumiu a dupla condição de solista e maestro para uma notável interpretação do Concerto para Piano nº 1, op. 15, de Brahms, precedida de peças de Franz Schubert (Rosamunde: Abertura) e Robert Schumann (Sinfonia Nº 1, op. 38). Finalmente, nos dias 17 e 18, o americano John Nelson surgiu a dirigir a orquestra, com o Coro Gulbenkian, para uma fulgurante apresentação da Missa Solemnis, op. 123, de Ludwig van Beethoven — se pudéssemos ter dúvidas sobre o carácter genuinamente heterodoxo, quer em termos musicais, que no plano da simbologia religiosa, da composição de Beethoven, esta performance bastaria para superarmos tais dúvidas e abraçar uma obra de desconcertante e fascinante modernidade.
>>> PARIS, CITÉ DE LA MUSIQUE, 24/1/2009: o andamento final (Presto) do Concerto para Piano de Maurice Ravel, com Hélène Grimaud e a Orquestra de Câmara da Europa, dirigida por Vladimir Jurowski.
>>> Site oficial da Orquestra de Câmara da Europa.
Nos primeiros dois dias, o pianista húngaro András Schiff foi a figura central. E, através dele, um especial reencontro com Johannes Brahms. Assim, no dia 10, o Trio para Violino, Trompa e Piano, op. 40, de Brahms, constituiu a peça central de uma revisitação da música de câmara do século XIX que incluiu ainda Felix Mendelssohn-Bartholdy (Sexteto com Piano, op. 110) e Robert Schumann (Quinteto com Piano, op. 44, e Três Romances para Oboé e Piano, op. 94); no dia 13, Schiff assumiu a dupla condição de solista e maestro para uma notável interpretação do Concerto para Piano nº 1, op. 15, de Brahms, precedida de peças de Franz Schubert (Rosamunde: Abertura) e Robert Schumann (Sinfonia Nº 1, op. 38). Finalmente, nos dias 17 e 18, o americano John Nelson surgiu a dirigir a orquestra, com o Coro Gulbenkian, para uma fulgurante apresentação da Missa Solemnis, op. 123, de Ludwig van Beethoven — se pudéssemos ter dúvidas sobre o carácter genuinamente heterodoxo, quer em termos musicais, que no plano da simbologia religiosa, da composição de Beethoven, esta performance bastaria para superarmos tais dúvidas e abraçar uma obra de desconcertante e fascinante modernidade.
>>> PARIS, CITÉ DE LA MUSIQUE, 24/1/2009: o andamento final (Presto) do Concerto para Piano de Maurice Ravel, com Hélène Grimaud e a Orquestra de Câmara da Europa, dirigida por Vladimir Jurowski.
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