Um laço branco para sinalizar os pecados cometidos e o labor da alma (e do corpo) para retomar os caminhos do Bem — Michael Haneke filma uma aldeia protestante da Alemanha, no começo do século XX, como quem desmonta, peça a peça, uma estrutura educacional organizada em função de um ideal de Pureza (com todos os desvios perversos que as atribulações da vida vivida vão lançando na engrenagem das relações familiares e sociais). O Laço Branco é um daqueles filmes que nos devolve a intensidade mais primitiva do cinema: a de nos dar a ver o humano como labirinto de transparências assombradas, afinal à flor da pele. É um dos grandes filmes produzidos em 2009 (em Maio, ganhou o Festival de Cannes) que, no mercado português, será por certo, um dos grandes filmes de 2010.
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>>> No dia 18, pelas 18h30, tem lugar em Lisboa, na FNAC/Chiado, uma conversa sobre O Laço Branco — com Fernanda Câncio, Nuno Artur Silva e o autor deste post.
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