ELOGIO DO AMOR
Jean-Luc Godard, 2001
É um filme de alguém que não desiste de resistir à normalização televisiva do mundo e, por isso mesmo, reflecte sobre a própria possibilidade de (se) fazer um filme. Depois de De l'Origine du XXIe Siècle, rodado para o Festival de Cannes do ano 2000, Godard abriu o (seu) século XXI através de um objecto formalmente "es-quizofrénico" — uma parte a preto e branco, traçando as atribulações de vários pares [em baixo: fragmento sobre "os mortos-vivos deste mundo"], outra a cores, em video, discutindo as convulsões do labor cinematográfico. A crua evidência do quotidiano transfigura-se num exercício de introspecção cujo ponto de fuga é, afinal, o próprio enigma de qualquer relação humana: como podemos (ou sabemos) tocar o outro?
Jean-Luc Godard, 2001
É um filme de alguém que não desiste de resistir à normalização televisiva do mundo e, por isso mesmo, reflecte sobre a própria possibilidade de (se) fazer um filme. Depois de De l'Origine du XXIe Siècle, rodado para o Festival de Cannes do ano 2000, Godard abriu o (seu) século XXI através de um objecto formalmente "es-quizofrénico" — uma parte a preto e branco, traçando as atribulações de vários pares [em baixo: fragmento sobre "os mortos-vivos deste mundo"], outra a cores, em video, discutindo as convulsões do labor cinematográfico. A crua evidência do quotidiano transfigura-se num exercício de introspecção cujo ponto de fuga é, afinal, o próprio enigma de qualquer relação humana: como podemos (ou sabemos) tocar o outro?