Sabe sempre bem encontrar um artista que desafia todos os rótulos, não exactamente por querer parecer "muito à frente", mas apenas porque isso é genuíno na sua pose e na sua arte. É o caso de Jason Lindner. Nova-iorquino, homem dos teclados, formado nas ambiências de um jazz mais ou menos etéreo (na NPR, Joey Hood define-o pela irresistível expressão "stoner-friendly jazz"), distinguiu-se a solo e também com a sua Big Band, tendo MeShell Ndegeocello como colaboradora regular. Acaba de lançar o álbum Now vs. Now, com produção de Ndegeocello, na companhia de Panagiotis Andreou (baixo, voz) e Mark Guiliana (bateria), com várias colaborações pontuais, incluindo Baba Israel, nome da spoken-word. O exemplo de Big Bump [magnífico teledisco dirigido por Tchaiko] é notável: paisagens hip hop resgatadas numa deriva jazzística que, em momentos eleitos, não teme o despojamento do rock. Inclassificável? Of course.
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