O golo francês que selou o empate (1-1) no jogo França-Irlanda — e o consequente apuramento da equipa francesa para o Mundial de Futebol de 2010 — vai ficar na história burlesca do futebol: antes do passe decisivo para William Gallas, autor do golo [de frente, na imagem], Thierry Henry [nº 12] ajeitou a bola com a mão (por duas vezes!), num estilo digno do mais puro e elegante andebol [em baixo, imagens em movimento].
Mais do que isso: a memória de tão bizarro lance vai entrar também na galeria mitológica do futebol e na eterna discussão sobre o fair play e, em última instância, a dignidade dos gestos de cada atleta — mesmo não esquecendo que há reacções estupidamente racistas contra Henry, veja-se como muitos participantes de espaços de opinião de jornais como Le Monde ou Libération condenam a mentira inerente a este tipo de comportamento.
Mais do que isso: a memória de tão bizarro lance vai entrar também na galeria mitológica do futebol e na eterna discussão sobre o fair play e, em última instância, a dignidade dos gestos de cada atleta — mesmo não esquecendo que há reacções estupidamente racistas contra Henry, veja-se como muitos participantes de espaços de opinião de jornais como Le Monde ou Libération condenam a mentira inerente a este tipo de comportamento.
Enfim, o andebol de Henry tem já lugar garantido no imaginário televisivo da verdade. Por uma vez, a televisão revê-se no seu sonho (pueril, afinal) de uma verdade expressa de forma única e unívoca, sem contradição possível. É apenas um mero golo de um simples jogo de futebol — mas não devemos recusar o prazer de tão luminosa evidência.