A existência deste magnífico núcleo arquitectónico deve-se em tudo ao muro de Berlim. E à sua queda. Derrubado em 1990, ali deixou 60 hectares livres onde antes era uma terra de ninguém intensamente vigiada. Um concurso oficial ditou novo destino a este espaço, hoje novamente vibrante e permanentemente habitado.
Antes da II Guerra Mundial (que devastou completamente esta zona da cidade), Potsdamer Platz era uma praça elegante, cruzada por eléctricos, automóveis e transeuntes. Tinha cafés, hotéis, cinemas… Grandes lojas. E uma das principais estações de comboio de Berlim.
A construção do muro reduziu a um vazio toda a área em torno da velha Potsdamer Platz. Do lado oriental os escombros de 1945 foram totalmente derrubados para assegurar maior e mais vasto campo de visão às patrulhas de vigilância. Do lado ocidental era um dos locais de visita “ao muro”, com uma escadaria montada para observação… turística. Entre os visitantes que por ali passaram para ver o outro lado de Berlim contam-se John F. Kennedy (1962), a rainha Isabel II (1965) ou Jimmy Carter (1978).
Foi em Potsdamer Platz que se abriu o primeiro rombo no muro, em Novembro de 1989. E foi no espaço, deixado então livre entre Potsdamer Platz e as Portas de Brandenburgo, que Roger Waters encenou o mega-concerto The Wall, em 1990.
Foi em Potsdamer Platz que se abriu o primeiro rombo no muro, em Novembro de 1989. E foi no espaço, deixado então livre entre Potsdamer Platz e as Portas de Brandenburgo, que Roger Waters encenou o mega-concerto The Wall, em 1990.